Diariamente, a cada 3 horas e 38 minutos, um trabalhador ou trabalhadora morre, vítima de acidente de trabalho no Brasil. A cada 48 segundos, um sofre acidente. Entre 2012 e 2017, dos 4,26 milhões de acidentes de trabalho reportados, 14.412 foram fatais. Estes são dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Ainda segundo o MPT, a maioria dos acidentes (21,03%) foi por corte, laceração, ferida, contusão e punctura (corte profundo, mas com diâmetro pequeno). Em seguida vêm os acidentes com fratura (17,05%) e por contusão e esmagamento na superfície (15,74%). A grande maioria dos acidentes ? 90% a 95% ? poderia ser evitada se houvesse mais organização no ambiente de trabalho e se as empresas investissem em proteção e conscientização de suas equipes.

Foi o que aconteceu no ramo da construção civil. O setor ? que antes liderava o ranking nacional de acidentes como a atividade que oferecia mais riscos aos trabalhadores ? conseguiu fazer com que o número de ocorrências recuasse 27% entre 2010 e 2015. Programas de treinamento e conscientização sobre o uso de equipamento de proteção individual (EPI) tiveram um enorme papel nestes avanços.

Os EPIs indispensáveis em um canteiro de obras são:

Capacete: Ajuda a proteger o trabalhador de objetos, instrumentos ou materiais da obra que possam cair em sua cabeça e causar graves ferimentos.

Viseira ou óculos: Protegem contra estilhaços de peças durante seu corte. Usados por quem opera serras, lixadeiras ou policortes.

Máscaras: A máscara para poeira protege contra resíduos de madeira, cerâmicas e outros objetos cortados no canteiro de obras. Já a máscara para produtos químicos protege os trabalhadores que operam ou trabalham próximos a equipamentos como a betoneira, e outros materiais químicos de cheiro forte, como a tinta para parede.

Luvas: As luvas de raspa são usadas para evitar cortes ou lesões nas mãos durante o carregamento de ferros e vergalhões. Já as luvas de látex são usadas para evitar o contato das mãos com a argamassa ou cimento.

Protetor auditivo: Existem dois tipos de protetor auditivo: plug e concha. O primeiro é usado para evitar danos na audição em obras com menor intervenção sonora. Já o segundo é mais eficaz ? e o preferido por profissionais que trabalham em equipamentos como a betoneira ? pois dificulta também a entrada de sujeira no canal auditivo.

Botina: O sapato com biqueira de aço protege contra objetos cortantes ou muito pesados que possam cair nos pés do trabalhador.

Cinto: O cinto de segurança tipo paraquedista é indicado para trabalhos realizados acima de dois metros de altura.

Fonte: http://www.jornalcorreiodacidade.com.br/noticias/15101-uso-de-epis-reduz-riscos-de-acidentes-na-construo-civil- Consultado em 23/05/2019